segunda-feira, 17 de outubro de 2011

+ ALGUMAS NOVIDADES....
























Pois é meninas aqui estão mais umas novidadezinhas, alguns colares, uns fios com berlindes que em caso de urgência servem de arma de arremesso (estou a produzir melhor este tema, porque nos dias que correm temos que andar prevenidas ), um alfinete de peito (que ficou para mim), e algumas pulseiras... espero que seja do vosso agrado...fico esperando os vossos comentarios ...até sempre...

quarta-feira, 22 de junho de 2011






Bom Dia Meninas aqui ficam as últimas novidades...espero que gostem...fico aguardando os vossos comentarios...
Esta flor em crochet com trapilho fica muito bem ao pescoço ou então como pulseira...
Esta outra pulseira é em crochet preto com missangas vermelhas...(é minha)

Este colar também é em crochet com trapilho e pecitas em plástico....

Alfinete de peito...indisponivel foi viajar até França...

Mais outro alfinete de peito...

Voltamos ás pulseiras...esta também ficou para mim...







domingo, 19 de junho de 2011

Olá meninas peço-vos desculpa de vos ter abandonado um pouco...prometo que vou por coisas bonitas nos dias que se seguem até lá deixo-vos com esta maravilhosa carta do Saramago que poderia ser minha (mas não tenho o dom dele) para aquela que sempre me amou muito, que quando me via era como se mais nada existisse a não ser eu, tenho tantas saudades dela... de deitar a cabeça no colo dela e saber que ali estava sempre segura e que ela me apoiava incondicionalmente...a minha avózinha MARIA VINAGRE...


A carta do Saramago à sua avó


"Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo – e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira – sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.

Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.

É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua".

domingo, 24 de abril de 2011

Viva a Revolução de Abril......Sempre...

25 DE ABRIL
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen